sexta-feira, 30 de abril de 2010

Tudo que é bom vem em 3

Hora de mais notícias sobre o mundo PlayStation. Na verdade eu já havia comentado antes, mais no início do ano, mas vêm vindo grandes lançamentos por aí. E três deles especificamente me fazem vibrar mais do que esse pessoal aqui.

Estou bastante ansioso, mas é uma pena que, não bastando ter que esperar até as datas dos lançamentos (se elas não atrasarem), provavelmente ainda terei que esperar mais um bom tempo até que os preços caiam um pouco. E ficarei mortalmente desapontado se eles não se revelarem maravilhas do naipe de Uncharted 2, por exemplo. Então, vamos aos games!



Prince of Persia: The Forgotten Sands

Veja o trailer em HD aqui

Data prevista de lançamento: 18 de maio de 2010

Fale "Prince of Persia" e tu tens minha atenção. E este jogo promete ser, pelo visto, um tipo de volta às origens, o que vem muito bem a calhar, considerando o último game lançado (aquele que se chamava somente Prince of Persia mas que as pessoas insistiam em chamar PoP4), que foi um tanto "diferente" e meio decepcionante para mim.



The Last Guardian

Veja o trailer em HD aqui

Data prevista de lançamento: TBA (To Be Announced - será anunciada) 2010

Muitos dos que tinham um PlayStation 2 não jogaram Ico. Alguns dos que tinham um PlayStation 2 não jogaram Shadow of the Colossus. Se tu tem um PlayStation 3 (ou se puder jogar na casa alguém que tenha), não perca The Last Guardian!



Castlevania: Lords of Shadow

Veja o trailer em HD aqui

Data prevista de lançamento: TBA 2010

Tenho que admitir, não acompanho Castlevania desde os seus primórdios. Às vezes tenho até vergonha de me considerar fã da franquia porque nem sequer joguei jogos da fase 2D (tá, na verdade joguei um por uns minutos uma vez, mas não lembro qual), que foi a fase que marcou e deu a força que hoje o nome Castlevania tem. E também não completei os jogos da fase 3D que saíram para o PS2, mas tudo o que joguei já foi suficiente para gostar. E agora com Lords of Shadow parece que algo épico (ou, em liguagem fanboy, "godofwárico") nós presenciaremos.



É isso. Té mais.

domingo, 25 de abril de 2010

A teoria dos finais

Ao terminar a algumas horas atrás o game God of War 3 - feito que levou cerca de 8 horas ininterruptas de jogo noturno - e após uma breve discussão (matinal) sobre a experiência, que foi compartilhada com os amigos, me dei conta de um fato bastante corriqueiro na vida dos gamers, otakus, cinéfilos, maníacos por séries, etc em geral: a grande maioria dos finais de qualquer obra de entretenimento desse tipo é decepcionante.

Qualquer um já se deparou com um final horrível de um filme aparentemente bom e ficou pensando: "Pô, eu estava esperando mais..." Fica aquela sensação de que a história ficou "incompleta", que o desfecho não combinou com o estilo do filme. Às vezes, o fim é ruim porque não fez nenhuma porra de sentido (por mais que tu tenha ficado horas a pensar nas possíveis interpretações metafóricas que poderiam haver para aquela bosta toda). Ou então o final foi simplório demais; nada mais do que um encerramento medíocre e sem próposito, feito "nas coxas", que não acrescentou nada para a vida de quem assistiu. Enfim, todos já vimos algum final que não fez jus ao conjunto completo da obra.


Final de Os Suspetos (The Usual Suspects - 1995). **Atenção**: MAJOR Spoiler. Se tu não viu este filme e ainda pretende ver, NÃO veja o vídeo acima e NÃO leia a frase a seguir (em amarelo claro). Minha primeira reação foi falar "Foda!", mas logo depois percebi que o final simplesmente pegou os 100 minutos anteriores do filme e disse: Tá vendo isso aqui? É tudo mentira. Tchau. Mas que merda de final é esse?

Mas então, eu parei um pouco para pensar hoje, e percebi que finais ruins quase sempre acontecem.

Por exemplo, no caso de um anime que já é ruim desde o início, naturalmente não se cria muitas espectativas; ao analisar os apectos gerais do troço já podemos ter uma noção de que o final não será muito diferente do restante da obra. E de fato, é o que acontece (salvo raras exceções, como tudo no mundo).

Entretanto, quando o anime é bom, as pessoas geralmente começam a ficar excitadas e criam espectativas. Afinal, se o anime tem uma trama original e atrativa, se tem personagens cativantes, se o universo descrito é rico em detalhes, se há um bom trabalho de dublagem (o que inclui a boa interpretação por parte dos dubladores), se tem uma trilha sonora emocionante, se alterna com qualidade entre momentos sombrios, tensos, engraçados, etc, se tem animações bem trabalhadas e belas visualmente, então logicamente é de se esperar que o final de tudo isso seja muita foda!

E aí, como diria nosso querido Senhor Cocô, merda acontece. Primeiro porque o final por si só já é uma coisa meio chata: é ali que a história pára de ser contada e tu sabe que terá de aceitar aquilo e pronto, fim de papo. E segundo por causa das grandes espectativas criadas. Tu achou que a história poderia acabar de uma maneira, mas acontece outra não tão provável (ou muito improvável, chegando a ser irreal). Ou então acontece exatamente o que tu pensou e aí tu fica chateado porque foi muito previsível. talvez tenha sido um fim grandioso para um trama superficial, ou o contrário, um fim idiota e brochante para uma história épica ou fodástica. Ou sei lá, foi um final "nadavê" mesmo. Seja como for, quase nunca é o que se esperava.


Um exemplo de raro final bom que gosto (e do qual nunca canso) de falar é o de Elfen Lied. Apesar de não gostar de finais enigmáticos demais, para este eu tiro o chapéu. **Atenção**: MAJOR Spoiler! Se tu ainda não viu e pretende ver este anime, NÃO veja o vídeo acima.

Portanto chego à conclusão de que finais são decepcionantes por natureza. Claro, é só uma "teoria" minha, e como toda teoria, é um modelo para a explicação de algo, e está sujeita a erros e exceções. Obviamente também já vi finais muito bons em livros, filmes, animes e games. Mas que eles não estão por aí em todo lugar, ah, isso é verdade. E há também os finais "Ok", aqueles que não são nada demais mas percebemos que se encaixaram bem no contexto, que sabíamos que eram uma possibilidade. Esses até aparecem em maior quantidade. Mas sem dúvida, não tanto quanto finais ruins.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Melhor vídeo de todos os tempos (de hoje)

Créditos ao blog Não Salvo, que num post recente divulgou o vídeo abaixo. Na realidade esse vídeo é a parte 2, mas é o melhor dos dois na minha opinião.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um ou dois livros de Agatha Christie

Nessas últimas férias de verão os inícios de tardes e os dias chuvosos me deram oportunidade para ler O Místério do Trem Azul e Os Quatro Grandes, ambos da famosa escritora inglesa. Os dois vieram, junto com mais três livros que ainda não li, numa mini-coletânia lançada pela L&PM Pocket que ganhei de Natal.

Na primeira frase da breve biografia que precede o primeiro capítulo de cada livro já se pode ter uma ideia da magnitude da popularidade e da qualidade das obras dela quando se lê: "Agatha Christie é a autora mais publicada de todos os tempos, superada apenas por Shakespeare e pela Bíblia."


O primeiro contato que tive com o nome Agatha Christie foi ainda no colégio. Um colega e grande amigo meu começou a ler os livros dela e me recomendou. Ele gostava tanto que quando tivemos que fazer um curta-metragem baseado em uma obra literária para o Festicine, obviamente foi um livro dela que ele escolheu. E todos os outros integrantes do nosso grupo tiveram que aceitar!

Apesar das dicas desse meu colega, nunca parei e peguei um livro dela para ler. Era uma dessas coisas que as pessoas sempre dizem que vão fazer mas tempos depois se esquecem e não fazem.

De qualquer maneira, no Natal de 2009 ganhei a tal coletânea e, bem, já não existiam mais desculpas para não ler. Os livros na minha estante, as aulas tinham acabado...

Falemos dos livros, então. É meio difícil fazer uma resenha completa, pois como já fazem uns três meses que li, as coisas não estão mais frescas na cabeça. Por isso, vou explicar resumidamente a trama de cada um deles e expor algumas impressões que eles me passaram ao término deles.

Em O Mistério do Trem Azul a trama gira em torno do assassinato de uma tal Ruth Sei-Lá-O-Quê (não me lembro) abordo do Trem Azul (sério?), bem como o desaparecimento de uma caríssima jóia feita de rubis que ela havia ganho do milionário pai e levava com ela durante a viagem. O detetive Hercule Poirot, pelo que me lembro do livro, já aposentado, viajava no mesmo trem e decide ajudar as autoridades na investigação do horrível crime.

E em Os Quatro Grandes o Capitão Hastings, antigo e fiel amigo de Poirot, resolve visitá-lo e juntos eles investigam e tentam impedir a suposta organização chamada Os Quatro Grandes, formada por 4 importantes personalidades a nível mundial, cujo objetivo seria a (master cliclê) dominação mundial.

Os dois livros têm narrativas bem diferentes, sendo o primeiro contado por um "narrador comum" (não sei como se chama esse tipo de narrativa em Literatura) e o segundo é contado sob o ponto de vista do próprio Capitão Hastings (ou seja, o narrador é participante da história).

Os "climas" de cada livro são bem distintos também. O primeiro (OMdTA) fica naquele estilão clássico de histórias de detetive, com todo aquele negócio de "Nossa, quem será o assassino?" e a todo momento surgindo pistas novas, ora favorecendo tais personagens, ora os condenando, mas de algum modo tu sabe que, seja quem for, é um dos personagens principais da trama, por mais absurdo que possa parecer. Já o segundo fica num estilo meio "conspiração misteriosa": os mal-feitores, apesar de terem influência sobre os acontecimentos, não "participam" efetivamente da história até terem suas identidades reveladas. Entendem o que eu digo? É um negócio do tipo: "Sabe aquele cara que nós vimos em tal lugar naquele dia? Era um disfarce. Eu sei que ele era um dos Quatro Grandes, sei que estava tentando fazer alguma coisa conosco, mas não sei quem ele é." Eles não são personagens conhecidos, tipo o marido da mulher assassinada, o secretário do pai da mulher, a moça que estava viajando no mesmo trem em que ocorreu o crime, etc. São alguém que tu não sabe quem.

Devo dizer que o "clima" de Os Quatro Grandes foi o que eu mais gostei. Mas na verdade, não gostei tanto assim de nenhum dos dois livros. Ok, os dois foram boas formas de entretenimento e realmente me deixaram com bastante vontade de ler o próximo capítulo toda vez que eu parava, mas não achei que tenham sido nada de tão fantástico, como eu esperava que seriam.

O Mistério do Trem Azul não foi tão original. Há um assassinato e um roubo de jóias. Há dinheiro em jogo. Há um cara de quem todo mundo desconfia. Há diálogos intrigantes. Há depoimentos. Há a polícia inútil. Há o detetive fodástico. E no final o assassino é, surpreendentemente, alguém que ninguém sequer havia desconfiado, pois não havia nenhum indício até a revelação final do detetive foda. Tudo o que uma boa história de detetive deve ter. Mas nada novo.

Em Os Quatro Grandes a coisa já se torna um pouco mais empolgante. Há um mistério muito maior, pois os criminosos podem ser qualquer um no mundo inteiro, pode acontecer qualquer coisa. Há muito menos limitação, mais impresivibilidade quanto ao desenvolvimento da trama. E, claro, há muito mais ação. Mas o que fode o livro então? Bom, há quatro caras mega-fodões, e eles querem dominar o mundo! Porra, criativo hein? No final não me lembro se fica claro se o objetivo é esse mesmo, afinal o fim é meio, hum, explosivo... mas não importa. Eu sei que estamos falando de um livro que tem, sei lá, 70, 80 anos (e na época poderia ser algo novo), mas dava pra bolar um esquema melhor, né?

Ainda faltam 3 livros para terminar a coletânea, e meu pai ainda comprou mais 3 de uma promoção do Correio do Povo, se não me engano. Então vamos ver se esses 6 outros livros tiram um pouco das impressões ruins passadas pelos dois primeiros livros de Agatha Christie que li. Só tenho que esperar até as férias chegarem de novo, né, porque tá difícil. Té mais.

Boa notícia que pode não ser tão boa assim

Domingo eu estava bem mal: muita febre e dor de garganta. Ontem eu faltei às aulas e fui ao médico, que me deu o diagnóstico de faringite. E hoje eu tinha aula às 7 e meia da manhã, mas... Matei aula de novo. E o que isso importa?

Importa que, como eu fiquei em casa agora de manhã, liguei o PC, entrei na internet agora há pouco e tive uma ótima surpresa. Sabe essas manchetes virtuais de sites (normalmente acompanhadas de uma imagem ao fundo), que vão mudando de 4 em 4 segundos, como se fosse um slideshow automático? Pois bem, adivinhe qual era a primeira que aparecia no site da IGN.

Gears of War 3.

Confiram esses dois vídeos. O primeiro é um (fraco) trailer, só para dar uma pitadinha de excitação aos amantes da franquia. O segundo é uma entrevista com Cliff Bleszinski, o diretor de design da Epic Games. O cara fala irritantemente rápido, então não entendi muito do que ele falou...

Trailer:


Entrevista:


Mas o que há de "não tão bom assim" nessa fabulosa notícia? - o leitor se pergunta. Bem, conforme se pode conferir nos vídeos, somente o Xbox 360 é citado como plataforma para o jogo. E, como quase todos nós gamers sabemos, Gears of War 2 (odeio abreviar como GoW porque... Bem, vocês sabem o motivo), diferentemente de seu predecessor, foi lançado exclusivamente para a Caixa Mutante (eu sei, essa foi horrível...) da Microsoft.

Só nos resta sonhar, desejar e ter fé de que os desenvolvedores misericordiosamente pensem nos infelizes não possuidores do 360 (é claro que julgá-los infelizes é uma mentira sem tamanho; PS3 Rules 4 Ever) e resolvam voltar a lançá-lo também para PC. Esperança é a última que morre, não?

sábado, 10 de abril de 2010

Zeitgeist


Acabei de assistir Zeitgeist, o Filme.

Sim, eu já tinha ouvido falar há bastante tempo, e inclusive fiquei com vontade de ver na época, mas não me lembro bem o que aconteceu, se foi preguiça, falta de legendas, mas seja lá o que tenha sido me fez ficar protelando, até que o filme caiu no esquecimento. Só fui me lembrar da existência dele ontem, quando foi citado num Nerdcast antigo do Jovem Nerd que eu estava ouvindo sobre teorias conspiratórias, assunto que aliás sempre me chamou a atenção.

Bom, tenho duas coisas a dizer sobre o tal filme:
  1. UAU...
  2. A partir de hoje, não acredito e não confio em nada e em ninguém. NINGUÉM.
Link AQUI.
Detalhes sobre o link (leia antes de assistir):
- Vídeo direto do Google Videos;
- Legendas em português (de Portugal) e um pouco dessincronizadas em alguns momentos (mas dá pro gasto).
- Não assista a menos que tu queiras mudar para sempre a tua visão do mundo e da realidade. Sérios riscos de indução à paranóia. Não estou brincando, porra! (hehe...)
- ASSISTA!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A história do Fluxo Zero

Nesta última quarta-feira durante o tempo livre entre a saída do restaurante universitário e a aula das 13h30min, fui um dos afortunados a presenciar uma épica frase de um dos meus colegas de curso. Mas antes, para entendimento completo da mesma, é necessário apresentar-vos alguns conceitos típicos decorrentes do estudo do eletromagnetismo.

Em Física, e mais especificamente, no estudo de campos elétricos, há uma definição vitalmente importante denominada fluxo elétrico. Mas comecemos com algo mais simples. Uma das propriedades fundamentais da matéria é a carga elétrica. O elétron, por exemplo, é uma partícula sub-atômica cuja carga elétrica é negativa com intensidade que vale aproximadamente 1,6 x 10^-19 Coulombs.

Cargas elétricas geram forças sobre outras cargas elétricas. Uma carga negativa gera uma força de repulsão em outra carga negativa, e o mesmo acontece com duas cargas positivas, enquanto que cargas de sinais opostos (uma negativa e outra positiva) geram forças atrativas uma na outra. Essas forças de atração e de repulsão acontecem mesmo sem o contato físico entre as cargas; continuarão existindo forças mesmo se as cargas estiverem longe uma da outra (embora essas forças terão menor intensidade do que se as cargas estivessem próximas).

Para compreender melhor a existência de forças entre cargas, se diz que uma carga elétrica gera um campo elétrico no espaço ao seu redor. Esse campo elétrico interage, portanto, com outras cargas, afastando-as ou atraindo-as, através de forças, na direção da carga que gerou o campo. Um campo elétrico é representado graficamente por linhas de campo. A convenção é de que as linhas de campo saem das cargas positivas e entram nas cargas negativas.

Consideremos um campo elétrico E com suas linhas de campo atravessando uma determinada área A no espaço. Resumidamente, sem nos apegarmos a definições matemáticas rigorosas, podemos dizer que o fluxo elétrico (Fl.e) por essa área A é proporcional tanto à quantidade de linhas de campo (ou seja, a intensidade do campo elétrico) que passa por A quanto ao tamanho de A. Ou seja, podemos pobremente dizer que Fl.e = EA. Esta não é a definição correta, mas para fins de simplificação e facilidade de entendimento, me permiti tal blasfêmia.

Agora imaginemos a área superficial de uma esfera, e que dentro dessa área haja uma partícula carregada qualquer, tal qual um elétron. Em outras palavras, há uma carga líquida dentro da área. Como a carga gera um campo elétrico, então logicamente há um fluxo elétrico não nulo atravessando a área que imaginamos.

Digamos que, agora, a carga está posicionada fora da área esférica, e que dentro dela não haja nenhuma outra carga, ou seja, a carga líquida dentro da área é nula. A carga que está fora gera um campo elétrico na região, mas como não há nenhuma carga líquida dentro da área para interagir com este campo, então todas as linhas de campo que penetram para dentro da área esférica por um lado também saem da mesma por outro lado, de forma que o fluxo total através da área superficial esférica é zero.

Finalmente, agora que todos mais ou menos já sabem como funciona o fluxo elétrico, vamos à história que culminou na memorável frase de meu inspirado colega.

Durante uma viril discussão sobre mulheres gostosas, nos pusemos a apreciar um pouco o "movimento" do horário de almoço no campus da faculdade. Eis que surge então, ao fundo, uma das minhas colegas da turma de Física III-D. Estávamos eu e mais quatro parceiros num banco, observando de longe a caminhada dela, até que ela sumiu por entre os prédios, como quem toma o caminho para sair do campus, em direção ao terminal de ônibus. Quase todos concordaram que era uma baita mulher: alta e bonita, um pouco magra talvez, mas isso devido à tendência natural de alguém com aquela estatura. A exceção foi este meu colega, que inclusive apelidou-a carinhosamente de Michael Jackson. Havia uma vaga semelhança, mas nada que justificasse de fato o uso do apelido.

Intrigados com o opinião dele, decidimos que ele deveria expor suas próprias definições de mulheres bonitas. Um de nós pediu que ele nos desse o nome de duas pessoas (que nós conhecêssemos) que, para ele, fossem as Tops das Tops. Ele deu uma desculpa de que não era bom com nomes (o que acho válido porque eu mesmo também nunca sei os nomes de pessoas famosas) e acabou citando duas mulheres que ninguém conhecia. Até aí, tudo bem...

Então, esse mesmo colega que pediu o nome das Tops fez a seguinte proposição:
- Tá, imagina que venham essas duas mulheres, e que elas topassem ficar uma semana à tua disposição, fazendo o que tu quisesse. Mas... Em troca, tu tivesse que fazer uma coisa...
(Todos escutaram atentamente, prevendo que naquele "Mas..." era onde morava o perigo)
- Em troca, tu deveria fazer, por um dia, tudo o que o Maguila quisesse.

Logo após se seguiram segundos de tensão, todos olhando e esperando silenciosamente a resposta dele, e ele pensativo, com um olhar fixo e distante. Até que ele fala:
- Não sei...
- Pensa bem, cara um diazinho de sofrimento ali, mas depois a recompensa de uma semana no paraíso, é no mínimo algo para refletir...

Mais uns instantes de silêncio, e por fim:
- Não, não vale a pena. Não tem vantagem nenhuma porque o fluxo é zero.





Para os que ainda não tivessem entendido (todos entenderam na hora, mas pode ser que algum de vocês leitores seja meio lento), ele ainda explicou:
- Se tu penetra e é penetrado... Fluxo zero.

Portanto, nada melhor do que fazermos um quote para a frase épica da semana:
Não tem vantagem nenhuma porque o fluxo é zero.

É, eu sei, estudantes de engenharia são casos perdidos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ironia do destino + Déjà Vu = mensagem paranormal ?

Hoje no fim da tarde eu estava vendo o filme Dançando no Escuro (título original Dancer in the Dark). Para quem nunca ouviu falar, o filme é uma espécie de mescla de trechos de filme "normal" com alguns trechos musicais, e conta a história de uma mulher que tem uma doença que lentamente a deixará cega. Como o problema é genético, o filho dela possui a mesma doença. Então, para evitar que o filho tenha o mesmo triste destino da mãe, ela tenta juntar dinheiro o suficiente para pagar uma cirurgia corretiva para o menino antes que ela mesma fique cega e não tenha mais condições de trabalhar.

E, ironicamente, o que acontece bem no meio do filme? Falta luz! E já não havia mais a iluminação solar na hora que aconteceu, ou seja, fiquei na escuridão total em casa, sem enxergar nada! No mínimo, tenso...

E outra coisa esquisita é que quando começou uma certa cena, antes de a luz faltar, eu tive uma nítida e até diria assustadora sensação de Déjà Vu durante uns bons 8 segundos. Até que percebi que isso aconteceu porque antes de começar a assistir ao filme de fato, eu queria checar se a legenda que eu baixei estava bem sincronizada, então apertei Play e avancei até um diálogo qualquer. E esse diálogo era exatamente a cena na qual tive o Déjà Vu depois.

Até agora não terminei de ver o filme porque quando voltou a luz já era tarde e ainda faltava, creio, mais de 1 hora para o fim, e eu precisava dormir, pois como poucos (ou nenhum) de vocês sabem, nesse semestre eu acordo às 6h três vezes por semana.

Assim que eu terminar esse post, pretendo assistir o filme até o fim, mesmo contrariando o meu subconsciente, que não pára de martelar a hipótese de que isso tudo foi algum tipo de mensagem paranormal tentando me impedir de ver o troço. xD

sexta-feira, 2 de abril de 2010

100 filmes em 365 dias

Todo ano eu tento fazer alguma coisa nova. Ano passado, decidi que faria um curso de língua japonesa, mas esse ano resolvi parar com ele porque eu estava ficando sufocado demais. Então, já que parei com o japonês, resolvi criar uma outra meta qualquer, por mais idiota que fosse, só para não terminar 2010 dizendo que não fiz nada de interessante.

A meta é simples: ver 100 filmes esse ano. A ideia surgiu do fato de eu ter tido contato com alguns filmes underground (e outros nem tanto) que me surpreenderam bastante, o que me levou a ter vontade de assistir mais filmes tão interessantes quanto. Desde então encontro algumas horas na semana para pesquisar e baixar por conta própria.

Apresento-lhes, portanto, a lista dos filmes que vi até agora neste ano de 2010, ressaltando que todos os fimes aqui presentes foram vistos direto no PC (nos casos em que baixei ou assisti no Tube) ou no meu PS2 (nos casos em que aluguei o DVD), com exceção de Avatar, que eu vi no cinema mesmo. Ou seja, não estão aqui listados os filmes que eu possivelmente possa ter visto na televisão. E nada de filmes vistos pela metade, consequentemente. Tudo visto do começo ao fim.

Filmes vistos em 2010 até agora:

Bastardos Inglórios
Prova de Fogo
Avatar
Adventure Land
Top Gang 2: A Missão
O Iluminado
Donnie Darko
Pi
Oldboy
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
500 Dias com Ela
Clube da Luta
O Lutador
Réquiem para um Sonho
Zodíaco
Cubo
Fanboys
Amnésia
Quero Ser John Malkovich
Street Fighter: A Lenda de Chun-Li
Beleza Americana
Caso 39
Tempo de Violência
Caché
O Balconista

A maioria dos filmes foi vista por indicação de um sujeito qualquer da internet ou então de um site de resenhas descritivas e críticas ou então porque tem uma boa colocação neste site. O restante, bom, um filme remete a outro. Geralmente em comentários as pessoas detectam semelhanças e acabam citando filmes anteriores como referência. Ah, e ainda tem uns ali que peguei por livre arbítrio, sem ter nenhum aviso prévio da qualidade da coisa. Dito isto, agora vou listar os melhores (na minha opinião) entre eles e também as maiores decepções.

The best so far (porque se falamos em inglês fica melhor ainda):

Bastardos Inglórios
Top Gang 2: A Missão
Donnie Darko
500 Dias com Ela
O Lutador
Requiem para um Sonho
Cubo
Amnésia
Beleza Americana
Tempo de Violência

Obs.1: Os filmes não estão ordenados em ordem de preferência ou de qualidade, mas sim de acordo com a data em que vi, sendo os primeiros os que eu assisti antes.
Obs.2: Destaque para os diretores Quentin Tarantino e Darren Aronofsky, cada um com 2 filmes no top 10.

Maiores decepções:

Prova de Fogo
Avatar
Adventure Land
Zodíaco
Street Fighter: A Lenda de Chun-Li

Obs.: Obviamente nenhum destaque, mas notas especiais para Prova de Fogo, por sua chatice, previsibilidade e "lição de vida"(veja o filme para maiores detalhes, embora eu não recomende), e para Street Fighter: A Lenda de Chun-Li, que leva o troféu na categoria Decepção, principalmente para os fãs da franquia.

Antes de terminar, queria mencionar que há 3 filmes que ainda não entraram na lista - mas certamente logo entrarão - porque eu não consegui vê-los por completo. Dois deles eu simplesmente desisti de assistir, porque peguei na locadora mas os DVD's estavam ruins e travavam a cada 25 milisegundos. São eles Onde os Fracos Não Têm Vez e O Curioso Caso de Benjamin Button. E quanto ao último (mas na verdade o primeiro que assisti), não consegui ver a parte final porque, bem... É INSANA. Só para terem uma ideia do que estou falando, as cenas finais são avaliadas por 11 a cada 10 pessoas como a coisa mais repulsiva, angustiante e horrível que eu já vi num filme. Riam, mas sou cagão e fiquei com medinho de ver. O nome do filme é Audition. Pesquisem.

Por hoje é só. Em breve posso fazer uns reviews dos filmes que mais se destacaram para mim. Té mais.