quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Pequenos objetivos a serem alcançados

Todo começo de ano é a mesma coisa: pensamos um pouco na vida, tentamos organizá-la definindo nossos desejos, objetivos, projetos e a bosta toda. Pensamos no "Ano novo, vida nova", naquela famosa música dos Titãs ("Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer. Devia ter arriscado mais e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer...), ou naquela sorte de hoje do Orkut: "Estude como se você fosse viver para sempre. Aproveite como se você fosse morrer amanhã." - ou algo assim. Mas aí, é claro que uma hora chega o fim das férias, nos entupimos até os ouvidos de compromissos e obrigações; esquecemos das promessas e no fim vivemos outro ano praticamente igual.

Independentemente disso, nesse ano comecei a pensar em algumas coisas que eu gostaria de concretizar, não neste ano especificamente, mas antes de morrer, que seja (se bem que algumas das coisas seriam mais gratificantes se fossem realizadas comigo ainda jovem - há certas coisas que não importam tanto quando ficamos velhos, ou simplesmente não combinam mais). Não chegam a ser projetos de vida, apenas pequenos sonhos, se assim podemos dizer.

Nem todas poderão ser feitas, pelo simples fato de que não se pode ter tudo nessa nossa brevíssima passagem pelo mundo material, que popularmente chamamos de vida. Mas enfim, só sei que se eu, hoje, já tivesse realizado a maioria delas, eu seria muito grato. Mais do que já sou, afinal já posso dizer que não tenho tantos motivos assim para sair por aí reclamando da vida.

Bom, vou pôr uma elevada porcentagem destes meus secondary objectives de vida (sempre tem alguma coisa que esquecemos, de tão superficial) na forma de uma "sucinta" lista.

Secondary objectives:

- Participar de algum evento importante no lugar mais infernal do país, também conhecido como cidade de São Paulo.

Apesar de ter orgulho de demonstrar publicamente meu total repúdio por esta balbúrdia que chamam de maior metrópole do Brasil, infelizmente é lá que tudo acontece. No passado, quando eu jogava Yu-Gi-Oh! (nas regras oficiais do TCG e com cartas originais, não aquela tosqueira que crianças jogavam no recreio do colégio com aquelas mini-cartas compradas em bancas de jornal por R$ 0,02 cada), os campeonatos nacionais eram quase sempre realizados lá. Os principais shows do ano também acontecem lá e, nos últimos anos, manifesto interesse de...

- ...Participar da Campus Party Brasil.

Deve ser muito legal. Milhares de pessoas usando seus computadores ao mesmo tempo e compartilhando arquivos; as exposições, as palestras, as "personalidades exóticas", os games, etc. Para quem gosta de informática, internet, tecnologia e afins, é um prato cheio. Sem falar da liberdade de ter que "se virar", cuidando das suas próprias coisas e dormindo numa barraca o quanto e na hora que tu quiser (se tu conseguir...). E o mesmo valendo para a alimentação também.

- Ir à Eletronic Entertainment Expo (E3), a maior feira internacional de jogos eletrônicos.

Se um dos motivos pelos quais eu gostaria de ir à Campus Party é o fato de haver games lá, então é obrigação eu querer, com todas as minhas forças, participar da E3. Ela quase sempre acontece em Los Angeles, EUA, e é muito, mas muito, muitão de montão mesmo, muitississíssimo legal.

- Ir a um show do AC/DC (eu sei, não me conformo por perder a recente chance que tive) e a um show do Foo Fighters.

Essas bandas são simplesmente demais e seus shows são espetáculos do car4lho. A primeira pelo som incrivelmente bom e simples, destacando os sensacionais e lendários riffs de Angus Young e a voz única de Brian Johnson. Num show desses caras tu pula o tempo inteiro. E a segunda igualmente pelo som de qualidade, mas também por um dos meus pouquíssimos ídolos (e que não é um personagem de jogos de videogame): Dave Grohl. Esse é um dos caras mais fodas que tem, com certeza.

- Trancar a faculdade e trabalhar por alguns meses no exterior.

Alguns programas de intercâmbio menos exigentes me deixariam estudar por um semestre ou quem sabe um ano numa universidade do exterior, contanto que saísse tudo do meu próprio bolso. O problema disso é dispor desse dinheiro todo. E os outros programas oferecem bolsas, mas a exigência quanto ao histórico das notas é tanta que fica muito difícil conseguí-las. Resta então tentar sair do país só para ganhar algum dinheiro, sem estudar, amenizando os gastos e ainda assim vivendo uma experiência diferente. Mas mesmo assim é uma coisa muito complexa e exigiria muito planejamento.

- Fazer uma longa viagem de carro.

Me parece no mínimo interessante a ideia de sair por aí de carro e ver uma paisagem diferente, e desafiante a ideia de ter de procurar todo dia um lugar novo para passar a noite e para as refeições. É preciso bastante coragem, tempo livre e paciência também, já que a maior parte do tempo será gasta dentro do carro. Óbvio que deveria ser feito um roteiro antes, uma coisa organizada, com alguns pontos de visitação pré-determinados, etc. Sair do nada num estalo também não, né.

- Morar sozinho ou com amigos/colegas de faculdade.

Gosto muito da minha família mas descobri que algumas coisas ficam muito difíceis vivendo com os pais. Não posso, por exemplo, dormir na hora que eu quiser, nem mesmo nas minhas férias, quando não tenho nenhuma obrigação. Na verdade até posso, mas apartamento é foda porque qualquer "clips" que caia no chão já acorda todo mundo, ainda mais meus pais, que têm sono leve. É muito chato ficar sacrificando meus pais, que já não têm mais o mesmo sono da juventude. Também não posso convidar quem eu quiser e muito menos na hora que eu quiser, nem sair quando estiver a fim, algumas vezes. Tudo tem que ser avisado com 5 dias de atecedência. Claro que sei das obrigações e complicações de ter de cuidar de um apartamento sozinho, nem tudo são flores, mas acho que, pela liberdade, poderia valer a pena tentar.

- Comprar todas as edições de um determinado mangá (tirando aqueles micro-mangás de 4 edições).

Eu nunca li muitos mangás principalmente por dois motivos: 1 - Eu nunca tive muito dinheiro para gastar com eles; 2 - Por que ler mangás, que são imagens paradas em preto e branco, se posso ver animes, que são imagens em movimento e em cores? Além disso hoje há a internet, na qual podemos achar o que quisermos, sem a necessidade de pagar por isso. Mas mesmo assim eu gostava - e gosto - de mangás, e achava legal o fato de ter de ir à banca todo mês para pegar um volume novo, e achava legal o fato de ter o bem material em mãos, não simplesmente ler num computador e já era. Por isso ainda possuo esse pequeno sonho de completar uma coleção, mesmo que eu ainda tenha outras prioridades com as quais gastar dinheiro.

- Ver meu irmão conseguir um computador com um Intel Core i7 em, no máximo, 2 anos.

Não é uma coisa que eu preciso ver, mas é uma coisa que eu ficaria impressionado se visse. Ele tem esse pequeno sonho, já vem economizando a 1 ano e até fiquei bem surpreso com o que ele juntou. Se continuar nesse ritmo ele logo compra um pc que deixará o meu no chinelo.

- Aprender um outro sistema de RPG além do basicão 3D&T.

Descobri o RPG por acaso no meu primeiro colégio, na 4ª série, e jogávamos sem regras. Depois a moda degringolou, mas eu continuei firme no hobby e conheci o já citado 3D&T, o sistema mais fácil de ser aprendido por um iniciante. Foi ele que me apresentou a Tormenta, inclusive. Minha paixão pelo sistema só aumentou, mas acabei percebendo que apesar de muito legal, ele era precário e tinha diversas falhas. Só que sempre tive, às vezes, preguiça, e outras vezes, falta de tempo para ler e aprender um sistema novo. Também nunca tive muita motivação, pois acabei perdendo o contato com todos os poucos amigos que gostavam do hobby. Mesmo assim um dia ainda quero ver como funciona o D&D.

- Conseguir um grupo de RPG.

Se quero aprender um sistema novo, é de se deduzir que quero voltar a jogar RPG, e para isso preciso de um grupo de jogo. Como eu disse, atualmente não tenho amigos que curtam jogar RPG de mesa, então teria que fazer novos amigos. Além disso eu teria que dar a sorte de eles todos terem os mesmos horários disponíveis na semana para jogar, o que hoje em dia é praticamente impossível. Ou então me contentar em jogar umas 5 vezes por ano, com pessoas que mal conheço, nesses eventos de anime e games que têm por aí. Talvez seria melhor fazer alguns amigos lá (potencializando minhas chances de eles gostarem de RPG) e depois convidá-los para umas sessões, quando os conhecesse bem.

- Ter meu próprio Mustang Shelby GT500.

Desde que vi pela primeira vez este automóvel fiquei atraído pelo design muito fodástico e resolvi que queria ter um para mim. E seria um real, não só no Need For Speed. O motor 5.4, V8, 32 válvulas, de 547 cv também ajuda a deixar o carro ainda mais atraente.

Tem mais coisas, e algumas eu nem falei por já até ter conseguido concretizar. Ficou muito maior do que eu esperava o post, então continuo outro dia.

Um comentário:

†† Glória †† disse...

ah essas coisas acontecem...
mas não leve minhas poesias pessimistas como proféticas
são só devaneios de uma adolescente xD
também tenho sonos
e convicção de que posso realizá-los
este é o segredo
acreditar!

=*