sábado, 27 de fevereiro de 2010

Desmistificando tribos urbanas: CDF's

Estamos nos encaminhando para a reta final da matéria Desmistificando Tribos Urbanas, então hoje chegou a vez de falar sobre a penúltima e, sem sombra de dúvidas, mais controversa tribo de todas que já foram ou serão analisadas aqui: os CDF's!

Um tipo complicado

Realmente é difícil falar sobre os CDF's, porque as opiniões são sempre muito divididas, não há nenhuma espécie de consenso geral para este grupo. Há quem os defenda, quem os ataque, quem os admire, quem os deteste, quem os defina de um jeito e quem discorde veementemente de tal definição. Então quase qualquer coisa do que seria dito neste texto poderia - ou não - ser encarada como verdade, dependendo do que melhor convém ao leitor com base em suas experiências pessoais.

De fato, só há uma característica que podemos, sem medo de errar, afirmar que é inerente a esta tribo tão peculiar. Vou revelá-la no próximo parágrafo e a partir disso, me ocorreu a ideia de comentar algumas das diversas sub-categorias de CDF's existentes. Eu sei que até agora a minha prioridade foi justamente o oposto, ou seja, apresentar uma visão geral e majoritariamente aceita das tribos em questão, evitando prender-me a descrições dos micro-grupos internos de cada uma delas. Mas no caso dos CDF's, devido a esta divergência tão grande de opiniões, optei por escrever sobres vários tipos de CDF's, pois assim aumentam as chances de tu, que está lendo, identificar (ou identificar-se como) um CDF sem maiores dúvidas, como é o objetivo proposto desde o início da matéria.

A sigla

Segundo fontes mais "respeitáveis", a sigla CDF significa Cabeça (ou Crânio) De Ferro, e é assim que a maioria da turma de uma escola chama determinados alunos, porque - e agora vem a revelação de que falei no parágrafo anterior - eles tiram notas altas devido ao fato de estudarem muito. Como eles passam muito tempo estudando, então é de se pressupor que o cérebro deles é bem resistente e eles pouco se desgastam mentalmente, mesmo com horas e horas de leituras e exercícios. Daí a expressão "cabeça de ferro".

Só que, na verdade, a versão correta (infelizmente) é outra... CDF se originou na realidade da expressão Cu De Ferro. Os alunos chamavam os colegas estudiosos assim porque eles deveriam ficar muito tempo sentados estudando, então os músculos glúteos teriam de ser bem fortes para aguentar o grande período de tempo sob compressão na cadeira.

Cada um do seu jeito

Agora que já sabemos a única coisa que todos os CDF's têm em comum - o fato de estudarem pra caramba e conseguirem notas altas - é hora de apresentar alguns tipos comuns de CDF's.

CDF clássico: Este é o tipo mais comum de CDF. Ele gosta de sempre fazer "o que é correto" e tem um forte sentimento de culpa quando acha que não estudou o suficiente para responder pelo menos 85% das questões possíveis em uma prova. Estuda muito para orgulhar os pais ou responsáveis e para manter uma boa reputação entre os professores. Apresenta notas muito altas e se sente mal quando não recebe a nota esperada. Assemelha-se do Nerd Clássico, pois geralmente não tem um ótimo relacionamento com os colegas e é frequente alvo de bullying dos mesmos.

CDF sociável: Pode-se dizer que este tipo de CDF está para o CDF clássico assim como o Geek está para o Nerd. Ele se dá melhor nos relacionamentos, mas suas notas são levemente inferiores às do CDF clássico. Mesmo assim, ainda apresenta uma estabilidade impressionante no seu desempenho acadêmico, dificilmente tendo uma grande variação nas suas notas de uma prova para outra, e de uma matéria para outra. São os famosos queridinhos da turma, pois têm bom comportamento, notas boas, carisma e senso de humor, na maioria das vezes.

CDF extremo: É o tipo de CDF mais doentio, mas bem raro nos dias de hoje. Escolhe sempre a primeira carteira, o mais próximo do professor quanto possível. Não fala absolutamente nada durante as aulas, nem para fazer uma pergunta que seja, mas anota tudo o que o professor fala e escreve. Estuda muitas horas todos os dias e quase não faz outras atividades. Ele NÃO faltará a nenhuma aula, a menos que esteja com um problema gravíssimo de saúde. E mesmo assim, se voltar vivo, ele desesperamente procurará por outro colega CDF da sua turma para pedir o caderno emprestado e copiar tudo o que perdeu.

CDF puxa-saco: É o CDF que além de estudar muito e ter notas boas, ainda fica elogiando e fazendo favores aos professores. Prontamente se oferece para tarefas como trazer um cafezinho, buscar um apagador na sala ao lado, chamar o coordenador, entrgar as provas, etc. Ele acredita que assim aumentará suas chances de que os professores "fiquem de bom humor" ao avaliarem as provas feitas por ele.

CDF por falta de escolha: É um tipo um tanto triste de CDF, pois ele é obrigado pelos seus responsáveis a ter desempenhos ótimos no colégio. Em muitos casos não só está presente a pressão psicológica de ser considerado idiota se não tirar notas boas, mas há também o castigo: nada de televisão, nada de videogames, nada de sair à noite, nada de diversão ou até mesmo uma surra de cinto se não for bem na escola.

CDF organizado: Esse é o CDF que mesmo estudando em excesso, consegue organizar perfeitamente seus horários e duração dos estudos, o que geralmente resulta em um melhor aproveitamento do tempo. Como sobra tempo livre, ele consegue ter atividades de lazer frequentes e não se estressa tanto. Muitos até praticam esportes.

CDF pau-no-cu: Este é o mais repulsivo tipo de CDF. Quando um aluno faz alguma merda ou pirraça mas os professores não sabem quem foi, o CDF pau-no-cu espera até que todos tenham saído no recreio ou no fim da aula e então dedura o pobre colega. Esse tipo não tem amigos (a menos que haja outros CDF's pau-no-cu em sua classe) e adora contar vantagem sobre como suas notas são maiores e o quão superior aos demais alunos ele é, ou sobre como ele terá um futuro promissor e provavelmente será o chefe de algum dos seus colegas burros.

Concluindo

Certamente tu deve ter conhecido (ou mesmo é ou já foi) um CDF desses. eles estão mais presentes no nosso cotidiano do que tu pode imaginar.

Mas independentemente dos tipos de CDF, pode ter certeza que muitos de nós, se ainda não somos, um dia seremos um pouco CDF's em algum momento da vida. Afinal, CDF é o cara que estuda e, convenhamos, o mercado de trabalho está cada vez mais acirrado e exigente.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Vamos Jogar Silent Hill 3 - Parte 1

E aí, gente louca! Enfim, aí está a surpresa prometida!

Estava faltando um pouco de ação e emoção por aqui, então booora jogar videogame! O jogo da vez é nada menos do que o incrível (e dispensador de apresentações) Silent Hill 3, para PC.

Como o objetivo desse post é mostrar conteúdo animado - e não estático - então vou tentar não escrever demais e vocês acompanham o resto aí em baixo. Ah e avisando que fica melhor se assistido direto no Youtube, e clicando no botão de expandir o tamanho do vídeo (mas em tela cheia já não fica tão bom, vou ver se arrumo isso nas próximas partes sem aumentar colossalmente o tamanho em megabytes do dito cujo...)



Sobre esta experiência, devo ressaltar uma impressão: fazer um vídeo dá trabalho. Principalmente considerando que vamos colocá-lo no Tube.

Primeiro tive que achar um captador de vídeo que de fato funcionasse para gravar games e que não fosse uma merda. Testei uns 4 até ahcar o que estou usando atualmente (e ainda assim ele é meia-boca...). Depois tive que fazer um zilhão de testes até ajustar o formato, resolução, tamanho do arquivo, qualidade aceitável, e volume da minha narração e dos sons do jogo, ah e ajustando ainda para a gravação não ficar "travada".

E a própria ação de narrar é meio complicada, ainda mais para alguém como eu, que gosta mais de escrever do que falar. É difícil lembrar tudo que vamos falar, e às vezes estamos falando distraidamente e alguma coisa nos faz perder toda a linha de raciocínio durante a fala, originando diversas pausas e narração "lenta". Confesso que até imprimi em uma folha um pequeno e resumido script, para não me perder sobre o que eu queria falar. E ainda é preciso cuidar para não parecer chato demais enquanto falamos...

Por fim, é preciso ficar cuidando a todo momento quanto tempo já passou de vídeo. Por quê? Assiste aí que no próprio vídeo eu expliquei.

Bom, é isso! Em breve atualizo com as continuações. Té.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Novidade na área

Estou postando diretamente da praia - mais precisamente, de Guarani, a uns prováveis 4 quilômetros a norte de Capão da Canoa. Hoje está sendo o primeiro dia "aproveitável", pelo menos de manhã, desde que chegamos (eu e a família) aqui no último sábado à tarde. Estava meio nublado no ínicio do dia, mas acabou saindo um tímido sol um pouco antes do meio-dia.

Todos os dias anteriores foram parcialmente nublados e parcialmente chuvosos, o que resultou em praticamente uma "prisão domiciliar", que por sua vez resultou em nada menos do que a extrapolação do limite de uso de 2048 MB do Vivo Internet, e isto por fim resultou numa substancial redução da velocidade de conexão. Ou seja, estou dando o sangue até mesmo para acessar meu e-mail aqui (ver vídeos no Youtube então é impraticável; a velocidade de download, segundo o site MinhaConexão, é de ridículos 7.7 Kbps). A parte boa é que parece que vai se estabilizar um tempo melhor a partir de hoje, e de qualquer jeito voltaremos no domingo. Acho que dá para aguentar.

Mas deixando o papo furado pra lá, vamos ao real motivo da postagem de hoje, que é informá-los sobre uma experiência diferente que realizarei no blog assim que voltar de novo da praia (e consequentemente tiver processador e conexão decentes à disposição. Mas que raio de experiência é essa afinal? Bom... Surpresa! Tenho que fazer um pouco de suspense também, senão não tem graça.

O que posso dizer é que não é uma ideia nova, é algo que eu já tinha vontade de fazer mas sempre me deu preguiça de tentar. Mas eu tenho sentido que já está na hora de fazer alguma coisa diferente, sair um pouco da fórmula textochatosobremeucotidiano-textohumorísticopastelão que foi este blog até agora.

Como eu já disse, vai ser uma mera experiência, para "sentir" o trabalho que terei, e assim poder avaliar se manterei o troço, bem como sua periodicidade no caso positivo. Se eu gostar posso até investir mais e tentar outras coisas mais complexas. Vai depender de vários fatores, pois ainda estou meio enrolado esse ano, não sei ainda como vão ser meus horários e minhas atividades. Mas veremos.

Por enquanto é meio confuso entender porque não posso falar muito para não estragar a surpresa, mas logo vocês verão e eu explicarei sobre meus planos. Até mais!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Pequenos objetivos a serem alcançados

Todo começo de ano é a mesma coisa: pensamos um pouco na vida, tentamos organizá-la definindo nossos desejos, objetivos, projetos e a bosta toda. Pensamos no "Ano novo, vida nova", naquela famosa música dos Titãs ("Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer. Devia ter arriscado mais e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer...), ou naquela sorte de hoje do Orkut: "Estude como se você fosse viver para sempre. Aproveite como se você fosse morrer amanhã." - ou algo assim. Mas aí, é claro que uma hora chega o fim das férias, nos entupimos até os ouvidos de compromissos e obrigações; esquecemos das promessas e no fim vivemos outro ano praticamente igual.

Independentemente disso, nesse ano comecei a pensar em algumas coisas que eu gostaria de concretizar, não neste ano especificamente, mas antes de morrer, que seja (se bem que algumas das coisas seriam mais gratificantes se fossem realizadas comigo ainda jovem - há certas coisas que não importam tanto quando ficamos velhos, ou simplesmente não combinam mais). Não chegam a ser projetos de vida, apenas pequenos sonhos, se assim podemos dizer.

Nem todas poderão ser feitas, pelo simples fato de que não se pode ter tudo nessa nossa brevíssima passagem pelo mundo material, que popularmente chamamos de vida. Mas enfim, só sei que se eu, hoje, já tivesse realizado a maioria delas, eu seria muito grato. Mais do que já sou, afinal já posso dizer que não tenho tantos motivos assim para sair por aí reclamando da vida.

Bom, vou pôr uma elevada porcentagem destes meus secondary objectives de vida (sempre tem alguma coisa que esquecemos, de tão superficial) na forma de uma "sucinta" lista.

Secondary objectives:

- Participar de algum evento importante no lugar mais infernal do país, também conhecido como cidade de São Paulo.

Apesar de ter orgulho de demonstrar publicamente meu total repúdio por esta balbúrdia que chamam de maior metrópole do Brasil, infelizmente é lá que tudo acontece. No passado, quando eu jogava Yu-Gi-Oh! (nas regras oficiais do TCG e com cartas originais, não aquela tosqueira que crianças jogavam no recreio do colégio com aquelas mini-cartas compradas em bancas de jornal por R$ 0,02 cada), os campeonatos nacionais eram quase sempre realizados lá. Os principais shows do ano também acontecem lá e, nos últimos anos, manifesto interesse de...

- ...Participar da Campus Party Brasil.

Deve ser muito legal. Milhares de pessoas usando seus computadores ao mesmo tempo e compartilhando arquivos; as exposições, as palestras, as "personalidades exóticas", os games, etc. Para quem gosta de informática, internet, tecnologia e afins, é um prato cheio. Sem falar da liberdade de ter que "se virar", cuidando das suas próprias coisas e dormindo numa barraca o quanto e na hora que tu quiser (se tu conseguir...). E o mesmo valendo para a alimentação também.

- Ir à Eletronic Entertainment Expo (E3), a maior feira internacional de jogos eletrônicos.

Se um dos motivos pelos quais eu gostaria de ir à Campus Party é o fato de haver games lá, então é obrigação eu querer, com todas as minhas forças, participar da E3. Ela quase sempre acontece em Los Angeles, EUA, e é muito, mas muito, muitão de montão mesmo, muitississíssimo legal.

- Ir a um show do AC/DC (eu sei, não me conformo por perder a recente chance que tive) e a um show do Foo Fighters.

Essas bandas são simplesmente demais e seus shows são espetáculos do car4lho. A primeira pelo som incrivelmente bom e simples, destacando os sensacionais e lendários riffs de Angus Young e a voz única de Brian Johnson. Num show desses caras tu pula o tempo inteiro. E a segunda igualmente pelo som de qualidade, mas também por um dos meus pouquíssimos ídolos (e que não é um personagem de jogos de videogame): Dave Grohl. Esse é um dos caras mais fodas que tem, com certeza.

- Trancar a faculdade e trabalhar por alguns meses no exterior.

Alguns programas de intercâmbio menos exigentes me deixariam estudar por um semestre ou quem sabe um ano numa universidade do exterior, contanto que saísse tudo do meu próprio bolso. O problema disso é dispor desse dinheiro todo. E os outros programas oferecem bolsas, mas a exigência quanto ao histórico das notas é tanta que fica muito difícil conseguí-las. Resta então tentar sair do país só para ganhar algum dinheiro, sem estudar, amenizando os gastos e ainda assim vivendo uma experiência diferente. Mas mesmo assim é uma coisa muito complexa e exigiria muito planejamento.

- Fazer uma longa viagem de carro.

Me parece no mínimo interessante a ideia de sair por aí de carro e ver uma paisagem diferente, e desafiante a ideia de ter de procurar todo dia um lugar novo para passar a noite e para as refeições. É preciso bastante coragem, tempo livre e paciência também, já que a maior parte do tempo será gasta dentro do carro. Óbvio que deveria ser feito um roteiro antes, uma coisa organizada, com alguns pontos de visitação pré-determinados, etc. Sair do nada num estalo também não, né.

- Morar sozinho ou com amigos/colegas de faculdade.

Gosto muito da minha família mas descobri que algumas coisas ficam muito difíceis vivendo com os pais. Não posso, por exemplo, dormir na hora que eu quiser, nem mesmo nas minhas férias, quando não tenho nenhuma obrigação. Na verdade até posso, mas apartamento é foda porque qualquer "clips" que caia no chão já acorda todo mundo, ainda mais meus pais, que têm sono leve. É muito chato ficar sacrificando meus pais, que já não têm mais o mesmo sono da juventude. Também não posso convidar quem eu quiser e muito menos na hora que eu quiser, nem sair quando estiver a fim, algumas vezes. Tudo tem que ser avisado com 5 dias de atecedência. Claro que sei das obrigações e complicações de ter de cuidar de um apartamento sozinho, nem tudo são flores, mas acho que, pela liberdade, poderia valer a pena tentar.

- Comprar todas as edições de um determinado mangá (tirando aqueles micro-mangás de 4 edições).

Eu nunca li muitos mangás principalmente por dois motivos: 1 - Eu nunca tive muito dinheiro para gastar com eles; 2 - Por que ler mangás, que são imagens paradas em preto e branco, se posso ver animes, que são imagens em movimento e em cores? Além disso hoje há a internet, na qual podemos achar o que quisermos, sem a necessidade de pagar por isso. Mas mesmo assim eu gostava - e gosto - de mangás, e achava legal o fato de ter de ir à banca todo mês para pegar um volume novo, e achava legal o fato de ter o bem material em mãos, não simplesmente ler num computador e já era. Por isso ainda possuo esse pequeno sonho de completar uma coleção, mesmo que eu ainda tenha outras prioridades com as quais gastar dinheiro.

- Ver meu irmão conseguir um computador com um Intel Core i7 em, no máximo, 2 anos.

Não é uma coisa que eu preciso ver, mas é uma coisa que eu ficaria impressionado se visse. Ele tem esse pequeno sonho, já vem economizando a 1 ano e até fiquei bem surpreso com o que ele juntou. Se continuar nesse ritmo ele logo compra um pc que deixará o meu no chinelo.

- Aprender um outro sistema de RPG além do basicão 3D&T.

Descobri o RPG por acaso no meu primeiro colégio, na 4ª série, e jogávamos sem regras. Depois a moda degringolou, mas eu continuei firme no hobby e conheci o já citado 3D&T, o sistema mais fácil de ser aprendido por um iniciante. Foi ele que me apresentou a Tormenta, inclusive. Minha paixão pelo sistema só aumentou, mas acabei percebendo que apesar de muito legal, ele era precário e tinha diversas falhas. Só que sempre tive, às vezes, preguiça, e outras vezes, falta de tempo para ler e aprender um sistema novo. Também nunca tive muita motivação, pois acabei perdendo o contato com todos os poucos amigos que gostavam do hobby. Mesmo assim um dia ainda quero ver como funciona o D&D.

- Conseguir um grupo de RPG.

Se quero aprender um sistema novo, é de se deduzir que quero voltar a jogar RPG, e para isso preciso de um grupo de jogo. Como eu disse, atualmente não tenho amigos que curtam jogar RPG de mesa, então teria que fazer novos amigos. Além disso eu teria que dar a sorte de eles todos terem os mesmos horários disponíveis na semana para jogar, o que hoje em dia é praticamente impossível. Ou então me contentar em jogar umas 5 vezes por ano, com pessoas que mal conheço, nesses eventos de anime e games que têm por aí. Talvez seria melhor fazer alguns amigos lá (potencializando minhas chances de eles gostarem de RPG) e depois convidá-los para umas sessões, quando os conhecesse bem.

- Ter meu próprio Mustang Shelby GT500.

Desde que vi pela primeira vez este automóvel fiquei atraído pelo design muito fodástico e resolvi que queria ter um para mim. E seria um real, não só no Need For Speed. O motor 5.4, V8, 32 válvulas, de 547 cv também ajuda a deixar o carro ainda mais atraente.

Tem mais coisas, e algumas eu nem falei por já até ter conseguido concretizar. Ficou muito maior do que eu esperava o post, então continuo outro dia.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A confusa história do Gre-nal consumista que destravou um PS3 de alma metamórfica

Ontem, ou melhor dizendo, hoje às 3h20min da madrugada, durante o exercício de pensar em (leia aqui um número aleatório de 5 dígitos) coisas antes de pegar no sono, como sempre faço, mesmo que involuntariamente algumas vezes, me surpreendi com a auto-observação de que eu me importei muito mais com a recente notícia que li de que um cara de 19 ou 20 anos conseguiu, enfim, hackear o PS3 do que me importei com o resultado do Gre-nal deste domingo.

Tirando essa foto que achei na internet, Gre-nais estão ficando chatos.

Com o segundo fato sequer fiquei chateado (sou gremista - bem menos do que eu era no passado, mas ainda assim, gremista). Aliás nem acompanhei o jogo e só olhei o resultado porque estava na primeira página do jornal. E se há alguns meses atrás eu não daria tanta bola para o primeiro fato, afinal nem possuía ainda um PS3, embora eu talvez ficasse bem mais animado e motivado a comprá-lo, agora eu vibro com tal notícia.

Bom, mas indo ao que interessa: o PS3 foi hackeado, mas em termos práticos o que isso significa? Significa que agora é possível fazer qualquer coisa com ele. Inclusive achar um meio de desbloqueá-lo para rodar jogos piratas. Não sou a favor da pirataria, mas infelizmente é preciso encarar a realidade brasileira. Quando se vê um jogo de videogame na vitrine de uma loja por R$ 289,99 acho que é normal qualquer um se sentir fortemente desmotivado a adquirir o produto original, a menos que a criatura tenha um pai multimilionário dono de uma emissora de televisão ou um pai político desviando dinheiro público para proveito próprio e familiar. Claro, há também o Mercado Livre, onde as coisas são geralmente mais baratas, e também podemos nos contentar (e arriscar) em comprar games usados, velhos e tal. Mas mesmo assim ainda é uma puta grana que não voltará mais.

Provavelmente em breve será possível comprar jogos piratas para o PS3... Lol.

Isso sem falar que esse dinheiro todo poderia ser aproveitado em várias outras coisas úteis, tais como um livro ou mangá, ingressos para algum show ou evento importante, pc stuff como placa de vídeo, mouse, mousepad, teclado e headset novos, ou digamos uma câmera fotográfica (e de vídeo), que a tempos estou precisando, talvez um desses aparelhos MpX com tendência exponencial de aumento de funcionalidades (onde X = nº de funcionalidades), quem sabe um iPhone, etc.

Falando nisso, tenho manifestado nos últimos tempos um desejo nerd-consumista significativo. Desde o final de 2000, quando deixei de me interessar por bonecos de ação, Tazos e figurinhas colecionáveis do Pokémon e mais um sem-número de brinquedos toscos, não sou mais materialista. Bastava um PlayStation One e alguns jogos (tá bom, é mentira, mas que guri de 11 anos não sonhava com o novíssimo PS2 na época?), conexão com a internet era inexistente ou discada nos lares mais afortunados, e já se podia ser feliz. Também nunca liguei muito para presentes. Mas agora, já um marmanjo a nível universitário, parece que a vontade de comprar está reaparecendo.

Maldita vontade de comprar. Malditas propagandas e promoções imperdíveis.

Não sei, talvez seja uma necessidade de reaver os desejos inconscientemente suprimidos da adolescência de comprar o que um jovem normal deveria querer. Talvez seja porque em breve arranjarei um trabalho e quero poder ter a satisfação de dizer que comprei com meu próprio suor. Não sei, nem eu me entendo às vezes... Só sei que quem não muda é porque morreu. Pode estar "vivendo", mas morreu de espírito. Eu mudo. E tu, mudas?

Obs.: O título é uma referência às confusas composições de Kurt Cobain, nas quais diversos assuntos se misturam numa única e enigmática letra, que aparentemente pode ser só um aglomerado de versos aleatórios e sem sentido. Só usei isto para chamar atenção. xD