quinta-feira, 21 de maio de 2009

Coisas irritantes em marcar um jogo de futebol

Recentemente as tentativas de marcar um futebol com o pessoal não têm dado muito certo. Eu mesmo, incluvise, tive semanas com avaliações na faculdade, então só isso já é um fator "complicante". Estou há um loooooongo tempo sem jogar. Resolvi escrever esse texto. =D

Horários indisponíveis


É incrível. Independentemente do lugar que tu ligue para reservar um horário à noite, durante a semana, te dirão a mesma coisa: não pode, pois esses horários já são reservados para grupos que pagam mensalmente para jogarem toda semana. Qualquer horário das 19h às 22h, em qualquer dia entre segunda e sexta, no lugar mais mal localizado e simplório, estará quase sempre indisponível.

Preços abusivos

Hoje em dia, numa quadra de salão pequena, sem redes nas goleiras, com iluminação deficiente e goteiras, e sem estacionamento nas redondezas, te cobrarão, no mínimo, R$60 a hora. Numa quadra de futebol-sete não coberta, com o tapete de grama sintética todo fudido e cheio de buracos, e sem (ou pouca) proteção lateral (para que a bola não vá no Campus do Vale da UFRGS quando um pé-torto a isolar) te cobrarão R$75.
Em lugares mais sofisticados, os valores podem chegar a exorbitantes R$110 (salão) e R$160 (sete)

Incompatibilidade de períodos livres

Um tem provas quase todas as semanas e tem que estudar; um tem aula; um tem o trabalho; um tem aulas nas quais realiza intensas atividades físicas bem no dia que foi marcado o jogo; outro tem que acordar muito cedo no dia seguite; outro vai sair com a namorada; outro foi viajar; um não pode durante a semana; outro pode durante a semana...

Inviabilidade em razão da distância/falta de carona

Quando, finalmente, surge uma data na qual algumas pesoas podem se reunir para jogar, vem um novo empecilho: se o lugar, para alguns, é perto, para outros é muito longe. Tem alguém que vai de ônibus e desiste ou reclama ao saber que terá que pegar 2 ônibus para chegar até o local. Aí convence o "organizador" a desmarcar e reservar em outro lugar. Daí o último tem que ligar para todo mundo, avisando da troca e reexplicando onde é e tal. Aí quando chega no penúltimo telefonema, o cara solta uma das clássicas: "Putz, mas esse lugar é bem mais caro, não vou pagar tudo isso para jogar lá." ou "Bah meu, não dá, muito longe esse para mim. Acho que não vou poder. Por que tu trocou? O outro estava bom..."

"Não marca, não jogo." e "Não joga, não marco."

São dois problemas razoavelmente compreensíveis, mas nem por isso menos irritantes. É difícil para alguém confirmar presença, quando ainda não sabe nem o local do jogo (como fará para chegar lá, onde estacionará, etc) e nem o horário (pois pessoas têm compromissos xD). Da mesma forma, é chato o cara marcar o jogo, combinar tudo com o pessoal, e depois ter que trocar o local/horário/data ou mesmo cancelar o jogo por causa de uma minoria que não poderá comparecer.

Pessoas que avisam de última hora

Essa pode ser até uma auto-crítica, pois já tive que fazer isso, inclusive recentemente, hehe, mas também já passei por isso como "organizador". Entendo os dois lados.
Está tudo certinho, na tranquilidade. Tu está te arrumando para, logo mais, ir para o jogo, quando te telefonam, ou avisam via MSN/Orkut: "Cara, não vou poder ir, aconteceu (aqui no espaço entre parênteses tu diz alguma desculpa aleatória (no meu caso pelo menos era verdade...))."

Pessoas que confirmam presença e não vão

Quando acontece isso é pior do que quando avisam na última hora. Tu fala com o sujeito, ele te diz algo como: "Certo, já tô lá!" ou "Claro, pode me confirmar aí que eu vou com certeza." Quando chega na hora do troço, está quase todo mundo lá. Resolvem somente bater uma bolinha (passes, chutes a gol) enquanto esperam que chegue o tal cara. Dez minutos, nada. Quinze minutos (um 1/4 do tempo total do jogo), nada. Um time tem que começar a jogar com um a menos mesmo. Daí o jogo fica disparelho e começam a reclamar. Às vezes, passada meia hora, chega o elemento. Mas na esmagadora maioria das vezes, ele não vai mesmo.

Pagando a quadra

Essa parte é sempre uma droga. Tu que organizou. O valor era R$6/cabeça. Te dão R$10. Outros te dão R$20. Eles fazem isso ao mesmo tempo. Tu tem que ficar contando o dinheiro. Sorte que alguns (poucos) dão o dinheiro trocado, em moedas de R$0,50 R$1 e/ou notas R$2 e R$5. Tu dá o troco para uma parte da galera, mas outros ficam sem. Aí tu tem que levar o dinheiro no cara do caixa para pagar e pedir os trocos para o pessoal. Mesmo assim, uns ainda ficam sem troco e tu tem que combinar de entregar o dinheiro outro dia.
Muitas vezes ainda acontece de ir mais (ou menos) gente do que o planejado, e daí tu tem que recalcular, na hora, o novo valor/cabeça, e quando isso ocorre, invariavelmente dá um valor quebrado (ex.: R$7,45) ou uma dízima (a)periódica.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O prazer do ouvido (parte 3)

Depois de mais de 20 dias sem postar, devido a alguns assuntos pendentes - leia-se: provas - hoje estou retomando o blog. E dessa vez, vou finalizar o texto que fazia horas que estava exposto aqui no blog, com começo e meio mas sem final. Música!

Nesta última terça-feira, fui ao show do Oasis, aqui em Porto Alegre, no Chiqueir... digo, Gigantinho. Quem fez o show de abertura foi a Cachorro Grande, e já conseguiram animar bastante o pessoal com a ótima seleção de músicas. Eu não conheço tanto do trabalho deles, mas conhecia a maioria das músicas tocadas, e as poucas que eu não conhecia também eram legais e foram muito bem tocadas. E no final ainda terminaram à la Beatles, com uma versão bem enérgica de Helter Skelter!

Em seguida, uns 45 minutos de espera, e quando, repentinamente, as luzes se apagaram e acenderam-se as do palco, foi um barulho ensurdecedor. Mas logo já se podia distinguir entre os gritos da galera, que iam aos poucos cessando, e as batidas características de Fucking In The Bushes. Eles entram, mais uma vez o barulho, e já começam botando todo mundo para pular. Era Rock N' Roll Star a música.

Não vou descrever e fazer uma análise completa do show; somente digo que foi muito bom! Intercalaram vários sucessos consagrados com músicas do novo álbum. Na verdade eu já até sabia o setlist, pois acompanhei alguns dos shows recentes, inclusive o do Rio, que passou no Multishow, e era 99,99999% certo que não mudariam nada. Mas mesmo assim foi tri. Ver na televisão é uma coisa, estar lá ouvindo os caras, de perto, é outra bem diferente. Podem conferir o setlist AQUI, foi este mesmo.

E um fato curioso é que os dois shows, tanto o de abertura do Cachorro Grande quanto o próprio show do Oasis, foram finalizados com uma música dos Beatles. Claro, já se sabia que o Oasis encerraria com I Am The Walrus. Mas não sei se os caras do CG quiseram fazer igual a eles de propósito, tocando Beatles no final, ou se nem se ligaram nisso e foi uma mera coincidência.

Bom, até agora só falei de Cachorro Grande e Oasis, que são muito bons, os caras são foda e tal, mas afinal, o que é música boa?

Música boa é música bonita; é música que mexe com as emoções; é a que faz querermos pular, chacoalhar a cabeça para cima e para baixo, dançar, bater palmas de acordo com o ritmo, ou movimentarmos os braços e mãos como se estivéssemos nós mesmos fazendo aquele solo numa guitarra imaginária.

É aquela música que tem uma melodia única e marcante; é aquela que tem uma letra que, aos ouvidos de um, pode ser fantástica, linda e profunda, e aos ouvidos de outro, algo idiota. É aquela que cada vez que tu escuta, ela fala sobre algo diferente, e nunca saberemos se o cara quis passar uma mensagem para refletirmos ou se ele só escreveu qualquer bosta enquanto ele estava drogado.

É aquela que por mais que o tempo passe, ela não envelhece. Continua atual e continua sendo ouvida. É aquela que todo mundo sempre faz um cover e coloca na internet. Nunca morre.

Por isso digo que músicas boas são as do Oasis, Beatles, U2, Rolling Stones, AC/DC, Eric Clapton, Aerosmith, Guns N' Roses, Nirvana, Pearl Jam, Queen, Kiss, Jimmy Hendrix, Iron Maiden, Metallica, Red Hot Chilli Peppers, Ramones, Bob Marley, The Police, The Doors, Led Zeppelin... E por que não algo nacional? Legião Urbana, Cazuza, Caetano Veloso, Paralamas do Sucesso, Titãs, Skank, Tim Maia, Acústicos & Valvulados, Cachorro Grande, Jorge Aragão, Raul Seixas, Jorge Ben Jor... Entre outros tantos.

Isso sim que é música, muito mais música do que esses NX Zeros e MC Créus de hoje em dia.